terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Importa que Ele Cresça e a gente diminua

Tentaram pôr, no coração de João Batista, o sentimento da inveja. Durante o ministério de Jesus, enquanto o povo o seguia, os discípulos de João o questionavam. No entanto, o profeta, negando a possibilidade do ódio, respondeu:
Ninguém pode atribuir-se a si mesmo senão o que lhe foi dado do céu. Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante Dele. Aquele que tem a esposa é o esposo. O amigo do esposo, porém, que está presente e o ouve, regozija-se sobremodo com a voz do esposo. Nisso consiste a minha alegria, que agora se completa. Importa que ele cresça e que eu diminua.
Evangelho de São João, 3, 27-30.

A humildade representada nas palavras de São João Batista mostrava para quê aquele profeta viria. A finalidade da missão de João Batista não era a de dar glória a si mesmo, mas a de anunciar a Jesus Cristo. E essa missão, o próprio Jesus nos ensinou, exige a renúncia. “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo” (Lc 9,23). Aquele que quer seguir a Jesus Cristo não pode fazer a própria vontade, tem que sofrer assim como ele o fez, tem que começar a buscar a perfeição em suas atitudes relacionando essa qualidade com a Lei de Cristo e não com a sua consciência. São Luís de Montfort, assumindo a voz de Cristo, proclama:


“Se alguém, portanto, quiser me seguir tão humilhado e crucificado, deve se gloriar, como eu, somente na pobreza, humilhações e sofrimentos de minha Cruz. Renuncie a si mesmo. Excluídos estão da companhia dos Amigos da Cruz o sábio mundano, os intelectuais e os céticos vinculados a suas próprias idéias e inflados com seus próprios talentos” (Carta aos Amigos da Cruz, 17).

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